segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Consentimento

Flores em um jardim,
Correndo com alegria
O proibido, infringido
Amor por entre as pétalas

Um fecundo nervosismo,
Um medo, uma sombra
Um olhar que me persegue

Um violino e uma rosa
Essa canção em sonhos
De onde não resta mais uma verdade
Senão o sonho de re-existir

Revejo filmes, repito músicas
A vida ressoa
Ressoa
Ressoa
soa

Os passos errantes também acertam

Você abre as portas para como o mundo te recebe
Recebemos o que permitimos.

Que o medo não me impeça de andar
Que a dor não me mata antes de ocorrida
Que a vida eu não impeça de ser vivida


Mariana Cadore

sábado, 25 de dezembro de 2010

Colo

Uma dor no peito,
Chamada saudades
Não é choro, nem alegria
É querer de novo um outro dia.

Transpor toda distância,
O coração na mão e a esperança
Seja feita a Vossa vontade:
De amor e alegria

domingo, 19 de dezembro de 2010

Cometa loucura

Pelo céu um rastro de saudades
Girando em sua órbita

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Intransitoridade

Se o vento me traz palavras
Sopro ao pé do teu ouvido
Porque das horas invento,
E dos dias me lembro

Possuo a transitoriedade de todo ser humano
Se perdi ou se ganhei, será só um olhar no horizonte

No bordado das flores, não há um só momento
Que se vai ,que se vem,
Vejo na terra o cultivo do céu
E te rego ,
Agora sim, depois também


Mariana Cadore

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Lembranças em notas

Há um choro de saudade:
em toda sinfonia,
em toda fotografia,
o silencio.......de um fragmento amoroso

E quem sabe um dia...

Quem já não está
Aqui esteve

Me recordo em notas,
Que a dor no coração
Me alimenta,
Esta fome sem pressa
E um talvez que não vive
Nos prende em falta de harmonia.

Porque na noite sou dia
E grito ao mundo:
Sem se doar, que vida nos permeará?

Esqueça
Um dia em claras nuvens
A imagem te mostrará
Um amor aqui vivido, nunca se apagará
O nosso vagão sempre vai passar
E o Sol que lá te aquece em outro peito sempre estará

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Um dia

Do infinito amor sentido
A vida, em fogo e água

Nos(sa) casa

O que se quer,
O que se tem
O que se tem,
O que se quer
O que se quer,
O que se tem
O que se tem ,
O que se quer

Repousa em toda sensibilidade o amor
E não se quer a posse
Do possuído amor, seja já satisfeito
Por em si conter-se

O que se quer,
O que se tem
O que se tem,
O que se quer
O que se quer,
O que se tem
O que se tem,
O que se quer

Ao tecido dos meus poros tu está
Em choro, em alegria, em sentimentos
O amor nos alimenta

Teu colo,
Teu seio,
Teu sexo,
Tuas pernas em ternura
O abraço para os sonhos

A cama nos casa

Mariana Cadore