sexta-feira, 19 de abril de 2013

Err(antes)

Erro, mais um erro
Menos uma chance
Mais uma chance que se apresenta
Mais uma chance que se desperdica

Dia e noite,
Segunda a segunda e somos vitimas
Sem nada mudar emplorando por mudanca

A ignorancia com vida
O descaso do conhecimento
A negacao do sentimento

A juventude tras
 o sangue ,a dor,o extase, o vazio, a indagacao, o desespero
Quando o sonho ainda pulsava 
Mais dor.

Mais tempo e temos muitos carneiros,
Todos seguem, nem ao menos olham o por-do-sol 
Onde o sonho se esconde
A alma aguarda

Com toda dor e delicia de ser quem se 'e
E so' assim seremos menos humanos e mais divinos

Que o Sol te lembre do que tu nunca esqueceu

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Autopsia

Morte
- Morte cerebral
-Nenhum sinal de sentido
-Esse corpo nao expressa mais nada, certamente ninguem habita essa carne

Minha morte concedida

Critica e julgadora jamais cairia na rotina e quando viu ja era tarde, estava imersa em balsamo e frases superficiais. Pobre vitima de si mesmo que por medo e covardia nao se apossou da sua mulher e perdeu de se despedassar ate nascer Mulher.

A morte pela sociedade, aplaudida.

Ando seca a ponto de saber como vou estar
Ando dura a ponto de me proteger e nao olhar
Ando triste a ponto de nao sentir

Me engano com maestria,
Atravesso a faca e nao me respeito
Eu nao existo

Concordo com o descaso e a manipulacao
Sou ativa e me descanso na passividade
De covardia e medo me constituo

Sou o prostibulo da sociedade,
Aonde o sorriso convence a vaidade

Nao existo e me visto,
Me acolho e vou me destruindo,
Me perco e ela me despi

Sou a morte a destruicao de tudo que 'e belo

Tenho sorte de quem me ama me mostrar antes que eu mate o que de mais belo me foi dado

A vida de pele e alma




segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Te amo

Chega mais perto, me olha a ponto de ver-te refletida na minha retina
Chega mais perto me conta, chora, me abraça
Chega mais perto me odeia, me ama, se casa comigo
Chega mais perto faz planos, sonha, viaja, constroi tua vida comigo
Chega mais perto, não fui, não voltei, não te muda, não sofre
Chega mais perto , Chega mais perto
Pega na minha mão
Me calo

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Desabar das flores

A poesia desaba por dentro
Falas perdidas, noites sem sono,
A sensibilidade em morte
O vão das palavras
Se perdendo na rotina

O poeta morto
'E a alma sem silencio

domingo, 17 de abril de 2011

Os caminhos do viajante

Não entendo
As partes que de mim não as vejo
Em ti me restam incompreensíveis

Que de um relacionamento nunca estou frente a televisão
E o que de mim resta a sombra
Se desnuda

O próximo,
tão próximo que minhas partes o constituem
E o espelho me reflete

Tendo em vista minha face
Palavras ríspidas estão fora do dicionário
Me dou colo
Me aguardo
Guardando para ti o olhar da mudança
O tempo da descoberta

Me desnuda








Mariana Cadore

terça-feira, 29 de março de 2011

Nós no palco

No cotidiano
Se dança ao som do ouvido
Das falas escolhidas,
meus olhos criam o espetáculo
Enquanto tateio estrelas distraídas
Sou a cena
de um palco onde a platéia contracena


MCP

segunda-feira, 14 de março de 2011

Be proud

Apoderou-se de tal orgulho
Que por admiração lhe subiam as palavras a dizer:
Essa é minha mulher

O vento trouxe,
A chuva regou,
O amor que por ela desabrochou

quarta-feira, 9 de março de 2011

Para sempre se conhecer

Ah, sou mistério
E já não me lembro quando me repeti a ponto de me reconhecer
Quando em outras roupas me visto em camuflagem,
Capturo-a com luvas de veludo buscando a face do disfarce.


Mariana Cadore

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Coração

Proferi uma única palavra:
Amor

No mais tenho as janelas da alma
Não mais prisão,
Um jardim que floresce
A liberdade que cria

Analiso os sonhos
Ensino a morrer
Nasço em campos férteis

A noite, enriquece
E não mais escurece

O único caminho

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Sob qual máscara?

O novo
O novo
O novo
Que tanto dizemos buscar:
Esse não me amedronta.

Meu medo é do novo
Do novo passado.


Mariana Cadore

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Cama vazia?

Das idéias que me acometem
Seus beijos quem dirá que são desejos
Se lhe dou em pensamentos,
Se te quero em fogo e água.
Durmo em vão sem tuas pernas
A cama vazia me afunda na vastidão da madrugada

Serei sempre só em pensamentos,
Boca a fora
Tem a força da eternidade
Construindo em passos lentos,
Uma troca que abandona qualquer ilusão

Amanheço aos teus braços
Conto sonhos que despertos não acabam na solidão do travesseiro
Mas embalam o viver do casal que criou o terceiro

sábado, 22 de janeiro de 2011

Do que enxergo

Do invisível aos olhos alheios
É o toque, o choro os seios
Do invisível as falas corridas
A verdade, a profundidade num mar de sensibilidade
Do invisível aos olhos alheios
Suas pernas cruzadas, suas calças e suas meias
Do invisível :
Da pobreza e da nobreza
Que enxergo e me ponho aos seus pés

Mariana Cadore